O edifício Costa Rangel, iniciou sua construção do ano de 1986. Época em que se podia ainda ouvir o canto dos pássaros, numa rua de muito pouco movimento, onde crianças corriam por todo lado. Na esquina onde hoje abri o monumental edifício, existia uma igreja, a Primeira Igreja Batista de Divinópolis.
No referido ano de 1986, o pioneiro da construção civil da cidade, Carlos José de Melo, proprietário da Construtora Indaiá, iniciou a construção do que seria o mais imponente e importante edifício comercial da cidade de Divinópolis.
O terreno até então da Igreja, fora permutado por 2 pavimentos de sala, além do edifico receber o nome do fundador da igreja em Divinópolis, o pastor “Antônio da Costa Rangel”.
Com 21 andares de salas comerciais, lojas, sobrelojas, e uma cobertura, o Costa Rangel é até hoje o maior edifício comercial de Divinópolis. No prédio, há o total de 391 ambientes que correspondem a 70 garagens, 27 lojas na galeria, cinco lojas térreas, uma sobreloja, duas lojas altas e mais 285 salas comerciais, como consta na convenção de condomínio feita em 1988, dois anos após o início de sua construção. O terreno de 1.242 metros quadrados, faz esquina com a Rua São Paulo, onde há uma entrada alternativa que dá acesso a setores instalados no local. O Costa Rangel é referência geográfica para visitantes e moradores, mas também é referência em serviços. No prédio funcionam as maiores rádios da cidade, instituições educacionais, serviços de saúde, beleza, estética e onde funciona uma das principais Tvs da cidade entre outros serviços.
Antônio da Costa Rangel
Muitos homens contribuíram para o desenvolvimento crescente do Arraial do Divino Espírito Santo e um deles foi Antônio da Costa Rangel, ou simplesmente Mestre Rangel. Nascido em 1869 em Campos, no Rio de Janeiro, ele chegou à Divinópolis como chefe da Estrada de Ferro Oeste de Minas (Efom) em 1916, quatro anos depois da emancipação do arraial. Homem honesto e de bom coração, assim o define Elizeu Ferreira, um escritor que conviveu por alguns anos com Costa Rangel. Elizeu se lembra com carinho de muitas histórias da época. Ele conta que Costa Rangel usava pedras de cidades vizinhas para a construção da primeira igreja Batista da cidade.
Ele ajudou na construção da igreja e de uma maçonaria. Para essas construções ele trazia pedras de Itaúna no trem da Efom, um certo dia, ele foi denunciado por operários que também trabalhavam na rede e por isso, foi chamado por seu chefe em Belo Horizonte, onde explicou que tinha notas de compra das pedras e do transporte. Questionado sobre o que ia fazer com os operários que haviam o denunciado ele pediu para que fossem transferidos para um setor de dentro da ferrovia. Para mim é um exemplo, pois ele poderia ter demitido esses operários e não fez. – Relata Elizeu
Casado pela segunda vez com uma senhora que também não era divinopolitana, Costa Rangel teve três filhos, se aposentou e veio a falecer em 1963. Os registros históricos só consumam a importância de Costa Rangel no crescimento da cidade do trabalho, como é conhecida Divinópolis.
FONTE: Revista Construa Melhor